Reunião de Estudos do Núcleo de Filosofia Pan-africanista da Aproffib (reposição reunião VIII)
- Neuza Aparecida Oliveira Peres
- 3 de abr.
- 2 min de leitura

Nesta nossa última Reunião de Estudos do livro Legado Roubado do George James, realizada no dia 31/03/25, discutimos o Capítulo VII do livro, cujo título é: “O Curriculo do Sistema de Mistério Egípcio”, reposição da VIII Reunião não ocorrida na data prevista por motivo de força maior. As brilhantes exposições foram feitas pelo Prof Aldo dos Santos, nosso vice-presidente e o Prof Nazito Pereira da Costa Junior, grande colaborador na Coordenação deste Núcleo.
Acesse à gravação neste link:
O capítulo VII traz ainda como subtítulos: I – A Educação dos Sacerdotes Egípcios Segundo Suas Ordens; II – A Educação dos sacerdotes Egípcios em:; III – Uma comparação do Currículo do Sistema Egípcio de Mistérios com as Listas de Livros Atribuídas a Aristóteles.
Os sacerdotes egípcios desempenharam um papel crucial na sociedade do Antigo Egito, atuando como intermediários entre deuses e o povo. Eles eram considerados guardiões do conhecimento sagrado e detinham uma posição de grande influência religiosa e política. O curriculo dos sacerdotes incluía uma vasta gama de disciplinas, desde astronomia, matemática e medicina até rituais religiosos e recitação de textos sagrados.
O sistema de mistério egípcio, por sua vez, era uma prática religiosa que envolvia o aprendizado de ensinamentos secretos, muitas vezes relacionados à vida após a morte e à compreensão do cosmos. Esses mistérios eram transmitidos apenas aos iniciados, garantindo que o conhecimento permanecesse dentro um círculo restrito. Assim, os sacerdotes egípcios não eram apenas líderes religiosos, mas também guardiões do legado intelectual e espiritual que moldou a civilização egípcia por milênios.
Geometricamente, a pirâmide é um símbolo icônico, representando a ascensãp espiritual e a conexão entre a terra e o céu. Essas estruturas eram vistas como meios de transporte para a alma do faraó em direção à vida eterna. A prática da magia também envolvia o uso de números e formas, com rituais meticulosamente calculados para invocar deuses ou buscar proteção contra o mal. Assim, o entrelaçamento entre o simbolismo numérico e geométrico nos mitos e parábolas egípcias delineia a profunda relação entre o universo físico e o espiritual na cultura egípcia antiga.
Vale aqui recordar a citação com que James encerra o capítulo VIII dizendo: “Este é o legado do continente africano para as nações do mundo. Ela lançou as bases culturais do progresso moderno e, portanto, ela e seu povo merecem a honra e o louvor que durante séculos foram falsamente dados aos gregos. E da mesma forma, é o propósito deste livro fazer desta revelação o início de uma reforma universal nas relações raciais, que acredito ser o início da solução do problema da agitação universal” (pág 169).
E assim encerramos o estudo deste livro, que sem dúvida alguma, consideramos que é um marco na discussão do ensino de filosofia, tanto nos cursos de ensino superior, como para a formação docente no ensino na educação básica, que privilegia um currículo de visão única, a visão eurocêntrica em todas as dimensões das Ciências Humanas. Convido aos amigos e às amigas estudiosos da Filosofia Africana a fazerem também uma leitura e análise desta obra.
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